Baseado na experiência do neurologista, biólogo, escritor e químico amador Oliver Wolf Sacks, descrita no livro Awakenings (1973), o filme relata a história do médico pesquisador que acaba tendo que trabalhar na ala de doenças crônicas em um hospital neurológico em Brox, no ano de 1969.
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Capa do filme lançado em 1990, nomeado em diversas premiações. |
No filme, o neurologista é interpretado por Robin Williams e leva o nome de Malcom Sayer, que em seu primeiro dia no hospital, se depara com pacientes aparentemente catatônicos, porém, diferentemente dos outros médicos, Dr. Sayer acredita que todos encontram-se “adormecidos” e começa a desenvolver estímulos para os pacientes.
Apaixonado pela pesquisa, o tímido neurologista investiga os casos e descobre a encefalite letárgica no histórico de todos os pacientes e resolve tratá-los com a droga recém desenvolvida na época, L-DOPA, feita especificamente para pacientes com Mal de Parkinson.
Ao levar o assunto ao diretor do hospital, Dr. Sayer tem que fazer a escolha de medicar apenas um paciente ao tratamento. Sem exitar, o médico escolhe o paciente Leonard Lowe (Robert de Niro) que para a surpresa de todos, responde ao tratamento e se recupera, encorajando o médico a administrar L-DOPA no restante dos pacientes. Imediatamente, os pacientes "despertam" e mostram-se ansiosos em recuperar o tempo perdido. Porém, infelizmente, Lowe passa a apresentar estranhos e perigosos efeitos colaterais, o que preocupa Dr. Sayer e os portadores da doença que recebem dosagem da droga.
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Robin Williams (Dr. Sayer) e Robert de Niro (Leonard Lowe). |
Além de mostrar parte da experiência médica, o filme, de maneira profundamente tocante, traz uma mensagem capaz de levar a reflexões sobre o aproveitamento do tempo e a valorização da vida, recebendo nomeações para três Academy Awards, incluindo melhor imagem, melhor adaptação e melhor ator, para Robert De Niro. Robin Williams também foi nomeado para o 48º Golden Globe Awards para melhor ator em filme de drama.
Conhecida também como “doença do sono”, a encefalite letárgica virou epidemia depois da Primeira Guerra Mundial principalmente na Europa e na América do Norte, afetando cerca de um milhão de pessoas, levando a morte, quase metade delas. Durante décadas, os doentes encontravam-se entre o sono profundo e um estadio de vigília entorpecido. A doença é uma forma atípica de encefalite onde as causas são desconhecidas e provoca letargia e tremores o que é chamado de parkinsonismo pós encefalítico. Além disso, é notável a presença de sintomas como movimentos anormais do globo ocular, perda de fala, atrofia muscular, catatonia e psicose.
Confira trecho do filme clicando aqui